Equipa

Há mais de 20 anos que a catalã Gemma Rodríguez trabalha no mundo das artes performativas e do audiovisual. Como dramaturga viu as suas obras estreadas dentro e fora de Espanha e venceu os prémios María Teresa León e Serra d’Or de la Crítica. Foi autora residente no Teatro Nacional da Catalunha e autora convidada no Royal Court, em Londres. As suas obras (originais catalão e espanhol) estão traduzidas para inglês, francês, italiano, checo e português. Como argumentista tem também experiência em ficção televisiva e em documentários interativos, e presidiu à Associação de Argumentistas da Catalunha (GAC). Integra a Associação de escritores PEN, da Catalunha, onde é responsável pelos programas europeus e pelo programa de acolhimento de escritores.

Em 2006, Ana Vitorino e Carlos Costa encenaram um texto de Gemma Rodríguez, reincidindo em 2009; primeiro “Estem quedant fatal” [Mal Vistos] e depois “L’ham” [O Anzol]. Depois, no Visões Úteis abandonámos a relação com o texto dramático, enquanto dado anterior aos nossos processos criativos, e a Gemma dedicou-se cada vez mais ao audiovisual. Mais à frente, acompanhamo-la diariamente, a ela e à sua família, enquanto defendia, da polícia espanhola, as ruas de Barcelona, a escola do seu bairro e as urnas do referendo onde a Catalunha votava a sua autonomia.

Ao pensar, por um lado na reconfiguração dos afetos pós-pandemia, e, por outro lado, no desejo de partir para processos criativos com a “obrigação” de considerar algo que nos seja prévio, a Gemma foi uma das primeiras opções.