Parcerias
O Visões Úteis é membro de diversas redes nacionais e internacionais para o setores da cultura e das artes performativas. E ainda de diversas organizações que constantemente estimulam a nossa exigência em termos políticos, sociais e ambientais.
O Visões Úteis também acolhe, em programas bienais, artistas performativos, nomeadamente (mas não só) emergentes ou próximos da reforma, numa associação em que pretendemos reforçar laços de solidariedade inter-geracional e partilhar os nossos recursos, práticas e experiências em termos de produção. A condição de Artista Associado ao Visões Úteis permite beneficiar de apoios muito variados (cedência de espaço de ensaios, coordenação de produção, técnica e de comunicação, orientação da pesquisa de financiamento e da elaboração das respetivas candidaturas, abertura de linha de tesouraria para produção, administração de projetos e empréstimo de material técnico). A associação de artistas promove a confiança entre agentes do espetáculo, o trabalho em rede e o desenvolvimento profissional e artístico das Artes Performativas a nível local.
De modo regular, e desde 2006, somos também parceiros em diversos projetos europeus de criação ou aprendizagem, nos quais procuramos dar um sentido mais profundo aos laços que nos unem enquanto europeus, bem como à responsabilidade que temos perante todo o planeta; e mais recentemente em projetos nacionais para a coesão territorial, em que alargamos o âmbito geográfico e os sentidos das atividades já desenvolvidas na freguesia de Campanhã. Na verdade, as raízes desta motivação podem encontrar-se já, ainda que de modo avulso, no fim dos primeiros anos de atividade do Visões Úteis.
Somos membros da PLATEIA - Associação de Profissionais das Artes Cénicas e do IETM - International Network for Contemporary Performing Arts, onde participamos ativamente na discussão e promoção de políticas para o setor das artes performativas, a nível nacional e europeu; somos ainda membros da FAL - Anna Lindh Foundation, onde temos aprofundado questões sociais e culturais em torno do mediterrâneo; e, mais recentemente, tornámo-nos associados da APCEN - Associação Portuguesa de Cenografia. E integramos também diversas organizações que nos obrigam a constantemente (re)pensar os nossos compromissos políticos, ambientais e sociais: ZERO (associação ambientalista), EDGE RYDERS (comunidade para a mudança e desenvolvimento sustentado) e apoiamos o FREEDOM THEATRE, da Palestina.
Programa de Associação de Artistas
2023/2024 - Ana Mula, Paolle Cesar, Rita Pinheiro
2021/2022 - Filipe Moreira, Lapso, Ervilha no Topo do Bolo
2019/2020 - Carminda & Maria Soares, Joana Castro & Maurícia Neves, Solveig Phyllis Rocher
2018/2019 - Mário Moutinho
2017/2018 - Cão à Chuva
2015/2016 - Teatro Anémico
2013/2014 - Porta 27
2011/2012 - A Turma
2009/2010 - Erva Daninha
Aldear 2021
Integrado na operação Cultura para Todos - Tâmega e Sousa e procurando valorizar competências e identidade local e empoderar as respetivas comunidades, desenvolvendo o seu sentido de pertença ao respetivo território. Aqui, somos desafiados a um processo de dinamização e agitação, a partir do trabalho artístico, em duas aldeias da região, com o objetivo de valorizar a identidade e coesão territorial.
Reclaim the Future (2016/2018)
No âmbito do Programa Europa Criativa, da União Europeia, pretendeu dar-se voz a diferentes periferias europeias, sublinhando o seu papel e importância na construção de um futuro partilhado, descobrindo pontos de contacto entre comunidades geograficamente distantes. O projeto teve a duração de dois anos e dividiu-se entre eventos nos países dos 5 parceiros: Suécia (Teatermaskinen), Portugal (Visões Úteis), França (Compagnie des Mers du Nord), Escócia (Rural Nations) e Letónia (Dirty Deal Teatro). Terminou com um evento em Bruxelas, construído coletivamente e integrando elementos e contributos das comunidades locais dos diferentes países.
Opera fiXi (2013)
“Opera fiXi” designa a ópera em bicicleta dirigida pela compositora britânica Kaffe Matthews, e realizada para a cidade do Porto integrando a programação do "Serralves em Festa" 2013. O Visões Úteis colaborou com Kaffe Matthews na definição do percurso e da dramaturgia de "Opera fiXi", bem como na escrita das letras, na interpretação e na tradução de conteúdos entre português e inglês. Para além da equipa artística do Visões Úteis, "Opera fiXi" contou com a colaboração de um vasto leque de entidades, músicos e vozes.
PACE, Performing Arts for Crisis in Europe (2012/2014)
No âmbito do Programa Grundtvig, da União Europeia, e numa reação à sucessivas crises financeiras que assolavam a Europa, pretendeu-se agregar coletivos artísticos, do setor das artes performativas, permitindo uma partilha de experiências e metodologias de trabalho associadas à relação entre estética e política. O projeto teve a duração de dois anos e cada um dos parceiros recebeu os restantes organizando uma oficina dedicada à transmissão das suas práticas criativas e produtivas. Ao Visões Úteis juntaram-se o Teatermaskinen (Suécia), La Transplanisphère (França), The International Theatre (Itália), Project Arts Centre (Irlanda), Mezzanine Spectacles (França) e Panteion University - Studio Ledra (Grécia).
Uno Uno Prima (2005/2006)
No âmbito do Programa Cultura 2000, da União Europeia, esta foi a nossa primeira incursão em parcerias europeias. Em colaboração com a Fondazione Solares (Itália) e o Observatori (Espanha), o mote não podia ser mais apropriado, já que se pretendeu criar um encontro que potenciasse diálogo e afinidades entre gerações de artistas, sublinhando a vocação eminentemente cultural da integração europeia.
Alvão e Terras Quentes (2000/2002)
Primeiro no Parque Natural do Alvão, e depois nos municípios da Terra Quente Transmontana, estas residências, em parceria com a Direção Regional de Cultura do Norte, levaram curtas ações de formação a dezenas de escolas do primeiro ciclo do ensino básico e apresentações de espetáculos às aldeias mais recônditas.
Projeto Liberdades (1998/1999)
Durante dois anos percorremos mais de três dezenas de estabelecimentos prisionais, de Monção a Faro. Primeiro apresentando um espetáculo já estreado (a partir de um texto de Dostoievski); depois apresentando um espetáculo concebido (a partir de um texto de Kafka) especificamente para apresentação neste circuito. Todas as apresentações eram seguidas de um debate e refeição entre reclusos e não-reclusos. Uma parceria com a Direção-Geral dos Serviços Prisionais.