Formação

No Visões Úteis é possível encontrar ações regulares de formação, na área do teatro, de caráter anual e dirigidas a jovens e adultos. É também possível frequentar um curso dirigido a crianças e jovens com Perturbações do Espectro do Autismo. E organizam-se ainda ações dirigidas aos membros da equipa nuclear.

 

Cursos Regulares de Teatro

Desde 2009 que oferecemos cursos anuais de teatro, adaptados a diferentes escalões etários, a partir dos 13 anos. Neste espaço - em horário pós-laboral - as metodologias de trabalho das artes performativas, e em particular as mais próximas aos nossos processos de trabalho (nomeadamente a escrita para cena), são projetadas como ferramentas de reflexão, autonomia, participação e felicidade.

Os grupos costumam ser bastante heterogéneos: Há quem procure um escape para o stress do quotidiano, quem busque competências específicas (comunicação, desinibição), quem se queira preparar para o acesso a graus de ensino na área, ou, pura e simplesmente quem goste de teatro, como espectador, e queira experimentar o outro lado. Mas todos são unânimes quando, no final, falam da alegria e prazer de terem estado juntos.

A propina é de apenas 25 euros mês e no final de cada ano letivo é apresentado um exercício final público, coordenado pela Monitora Ana Azevedo e criado pelos formandos.

Sim, é divertido, vem experimentar!

 

Formações Intensivas

Para além dos cursos regulares de teatro, por ano temos também três formações intensivas que visam aproximar a expressão dramática da vida quotidiana. Todas têm uma carga horária de 15 horas, distribuída por seis sábados de manhã, entre as 10h30 e as 13h00. Cada uma delas destina-se a um grupo de entre 5 a 12 pessoas, com idades iguais ou superiores a 15 anos. O valor da inscrição é de 80 euros, ao qual acrescem 10 euros referentes ao seguro, mas os alunos das nossas aulas anuais beneficiam de preços especiais!

 

Curso Intensivo #1 "Expressão Corporal e Voz"

- Autoconhecimento e desenvolvimento das capacidades e características vocais (respiratórias, fonadoras e de articulação).
- Consciência da postura corporal na expressão da comunicação verbal e não-verbal.
- Técnicas e jogos teatrais no trabalho de improvisação e adaptação de diversos contextos de apresentação.
- Aquisição de técnicas para o desenvolvimento da autoconfiança e postura perante um público.

 

Curso Intensivo #2 "Olhar o Livro com o Corpo"

- Abordagem de diversos tipos de texto utilizando as ferramentas fundamentais para uma boa leitura e interpretação.
- Exploração de diferentes registos dramáticos e vocais nas várias possibilidades de dramatização.
- Aquisição de técnicas de leitura em voz alta, exercícios de confiança e postura perante um público.

 

Curso Intensivo #3 "Técnicas de Improvisação"

- Exploração das principais ferramentas de improvisação, em grupo e individualmente.
- Capacidade de interação, flexibilidade de interpretação e reação nas soluções criativas no jogo teatral.
- Desenvolvimento da construção de um processo criativo no aperfeiçoamento das diversas técnicas de improvisação.

 

Oficinas Criativas

Estas oficinas são o resultado da experiência que acumulámos, entre 2015 e 2021, por ocasião das duas edições iniciais e que pretenderam definir e delimitar os termos possíveis de aplicação das artes à terapêutica das Perturbações do Espectro do Autismo. Destinam-se a formandos autistas e aos respetivos pares não autistas, numa relação de um-a-um. As formadoras são Inês de Carvalho e Ana Azevedo, que desde 2015 dinamizaram o processo de investigação. 

 

Formação Contínua da Equipa

Gostamos de gente que não se cansa de aprender e que acha sempre que sabe pouco ou que ainda pode fazer melhor. Por isso, vamos ao encontro de quem nos pode ensinar e ajudar a fazer melhor, seja no contexto das organizações que integramos (por exemplo através dos encontros promovidos pelo IETM - International Network for the Contemporary Performing Arts), seja de modo avulso, para responder a uma necessidade ou inquietação mais precisa. E sempre que possível tentamos juntar a equipa nuclear e convidados em torno de encontros próximos aos solstícios ou equinócios, sem qualquer finalidade produtiva, “apenas” para preservar uma construção coletiva de sentidos.
Na raiz muito distante desta vocação, podemos apontar, na viragem entre o século XX e o século XXI, a estranha aposta (estranha, na altura) em processos de residência da equipa nuclear, deliberadamente desprovidos de qualquer sentido produtivo e abertos à partilha de conhecimento e ao risco. Chamava-se "Projeto Umbigo" e teve as suas principais edições em 1999 e em 2000, primeiro em Vila Boa, uma aldeia da Beira Alta, depois no Arnal, numa casa isolada em pleno Parque Natural do Alvão.