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“Uma tarde de Verão, no meu quarto. A janela está aberta. Entra um cheiro estranho a folhas podres e asfalto a derreter-se ao Sol.”
Durante três meses convidámos o público a espreitar pelo buraco da fechadura de uma casa de mulheres. Pela primeira vez tivemos consciência, para o bem e para o mal, das dificuldades das grandes temporadas em espaços alternativos. Ao longo de 76 apresentações levámos este espectáculo a dez localidades e vimos como evolui um espectáculo desde a estreia em 1996 na Rua de S. João no Porto até à última apresentação no Auditório Carlos Paredes, Lisboa, em Abril de 1999. Ainda aconteceu outra novidade: foi até hoje o único espectáculo a que decidimos pôr termo. Não houve uma morte lenta em que nos apercebemos que já não conseguíamos colocar o espectáculo em cena por diversas razões mas sim uma decisão de o fazer pela última vez porque a carreira já ia longa e daí para a frente já não havia surpresa e risco, que é o que nos faz fazer teatro.
Estreou a 26 de Setembro de 1996. Além do Porto, foi apresentada em Aveiro, Almada, Évora, Braga, Guarda, Covilhã, Valongo, Coimbra, Beja, Glória do Ribatejo e Lisboa num total de 76 apresentações.
texto
Dacia Maraini
tradução
José Colaço Barreiros
encenação
Nuno Cardoso
cenografia
Eduardo Loio
figurinos
Preciosa Afonso
música
Albrecht Loops
desenho de luz
Nuno Cardoso
fotografia
Limamil
design gráfico
Eduardo Loio
registo vídeo
Tiago Rodrigues e Edgard Fernandes
operação de luz e som
Pedro Carreira
interpretação
Ana Vitorino e Catarina Martins
produção executiva
Ana Vitorino, Carlos Costa, Catarina Martins, Nuno Cardoso e Pedro Carreira