O espectáculo estará em cena de 18 a 21 de Julho às 22h no Pinguim Café Porto (Rua de Belomonte, nº 65)
A entrada tem o preço de 3,5€ (6€ na compra de 2 entradas).
Reservas: 91 995 32 67
"TRONCO NU"
Um solilóquio a dois. Onde começa um e acaba o outro?
Um fala, o outro espera a sua vez para falar, e vice-versa.
Uma corrente de informação corre por estas duas almas acabrunhadas por elas mesmas.
E lá estão eles; perdidos, parvos, palhaços, cientistas. Pessoas em potência. Coisas não acabadas. O que interessa é começar, experimentar - existir num multiverso de possibilidades.
Não há catarse neste mundo. Apenas duas focas equilibrando a realidade na ponta do nariz para regozijo do público. Batam palmas, riam-se dos palhaços. Ou tenham dó.
É um Homem a nu. De tronco nu. Sozinho. Ali, à toa, à espera de qualquer coisa.
Na verdade, estamos todos de tronco nu à espera que alguma carapuça nos sirva.
Lol
Interpretação: Cristóvão Carvalheiro e Pedro Miguel Dias
Produção Executiva: Tiago Lourenço e Suzanna Rodrigues
Produção: Porta 27
Design: Gentleman Design
Duração Aprox. 45 m | M/16
Reservas: 91 995 32 67
Apoios_ Pinguim Café | Visões Úteis | Gentleman DesignRuth Mariner - Sifnos Crisis Theatre Diary Two
Neste final de junho traduzimos e ensaiamos uma versão em língua inglesa do nosso espetáculo "Boom & Bang" - baseado em "The Power of Yes" de David Hare - que será apresentada na ilha de Sifnos (Grécia) já na próxima semana.
Esta apresentação acontece no âmbito do projeto "Sifnos Crisis" integrado no programa "Youth in Action" da União Europeia. Um projeto que junta, durante um workshop de duas semanas, cerca de 65 participantes de 7 países europeus, com o intuito de cruzar material previamente reunido sobre a crise financeira europeia e explorar diferentes modos de abordagem deste tema pelas artes performativas.
A nossa criação "Boom & Bang" será apresentada em inglês no próximo dia 4 de julho aos participantes do workshop, com os quais debateremos não só os contornos específicos da crise em Portugal mas também as nossas opções artísticas na adaptação da obra de David Hare.
O passeio musical em bicicleta "Opera fiXi", que Kaffe Matthews escreveu e compôs para a cidade do Porto em colaboração com o Visões Úteis e a convite da Fundação de Serralves, foi prolongado e estará disponível, sempre gratuitamente, até ao próximo dia 23 de junho.
Os novos horários são:
de Quarta a Domingo - das 14h às 22h
Local: Loja / Início do Percurso
Rua Infante Dom Henrique nº63, Porto (Ribeira)
Se calhar não devíamos estar na rua...
Estreia já no próximo dia 17 de junho a nossa nova criação "Corpo Casa Rua", uma performance no espaço público que junta 21 participantes, com idades entre os 8 e os 80 anos, pertencentes a quatro comunidades - os alunos das Aulas de Teatro do Serviço Educativo do Visões Úteis, alunos do Serviço Educativo do Balleteatro Escola Profissional, utentes seniores do Centro de Dia da Junta de Freguesia de Santo Ildefonso e reclusas do Estabelecimento Prisional de Santa Cruz do Bispo.
De 17 a 21 de junho os utilizadores do metro do Porto e o público em geral poderão cruzar-se com as "casas" destas comunidades na Estação de Metro de São Bento (átrio principal) e, durante cerca de uma hora todas as tardes, com os próprios moradores - numa performance que pretende gerar uma heterotopia, congregando num único espaço o que não está ou não pode estar junto à superfície. O espetáculo é de acesso gratuito e destina-se a público de todas as idades.
Antes assim, em confronto aberto pela Praça de uma cidade que amamos, do que silenciados em nome de um consenso estúpido e hipócrita.
Local: Estação de Metro de S. Bento (Porto)
Datas: 17 a 21 de junho (2ª a 6ª)
Horário: 18h
direção Carlos Costa
dramaturgia Ana Vitorino, Carlos Costa
cenografia, figurinos e adereços Inês de Carvalho
cocriação e cocoordenação de participantes Ana Azevedo
banda sonora original e sonoplastia João Martins
desenho de luz José Carlos Coelho
vídeo Tiago Afonso
coordenação de produção Marina Freitas
interpretação e cocriação Ana Cardoso, Ana Coelho, Carla Sofia Martins, Carmen Gonçalves, David Coelho, Emanuel Costa, Fernanda Barros, João Paulo Lima, Leonor Quinta, Margarida Pinto, Maria Emília, Maria José Mendes, Martim Pinto Paiva, Patrícia Martins, Patrícia Susana Alves, Rita Ribeiro, Rute Andreia Nunes, Sissi Aubert, Teresa Alves Pires, Teresa Fernanda Ramalheira e Vitorino Neves.
colaboração Teatro Nacional São João, Balleteatro Escola Profissional, Estabelecimento Prisional de Santa Cruz do Bispo, Junta de Freguesia de Santo Ildefonso e Serviço Educativo do Visões Úteis
produção Visões Úteis
Na verdade, eu nem sei bem o que é isto do adultério. Mas só encontrei uma paixão comparável na bricolage.
No próximo dia 14 de junho a nossa divertida adaptação de "Cuentos de Adúlteros Desorientados" de Juan José Millás estará em Viana do Castelo.
O espetáculo apresenta-se no Teatro Municipal Sá de Miranda, num acolhimento do Teatro do Noroeste – Centro Dramático de Viana, e tem a duração aproximada de 50 minutos. A interpretação está a cargo de Pedro Carreira.
Local: Teatro Municipal Sá de Miranda
Rua Sá de Miranda, 4900-529 Viana do Castelo
Data: 14 de junho (6ªf)
Horário: 21h30
M16
“Opera fiXi” é uma nova ópera em bicicleta dirigida por Kaffe Matthews, e realizada para a cidade do Porto em colaboração com o Visões Úteis e integrando a programação do "Serralves em Festa" 2013.
Fala dum tempo e dum lugar em que os pescadores são mulheres e as sereias são homens. Em que os ‘sereios’ têm seios, cabelos de algas e tocam harpas feitas com linhas de pesca e as raparigas ‘pescadoras’ usam fatos de pele de peixe quando saem para o mar, cantando canções na frequência do coração humano (298.5Hz), convidando os peixes machos para as suas enormes redes tecidas com os seus cabelos e vinhas.
Os conteúdos de "Opera fiXi" inspiram-se na pesca contemporânea, no rio Douro e na qualidade da sua água, na duração de uma jornada de pesca durante a noite e na poluição do rio que determina a taxa de mudança de sexo dos peixes.
O público é convidado a ir até à loja da Ribeira onde estão as bicicletas e, pegando numa, a pedalar para ouvir a obra que se vai desdobrando ao longo da marginal do rio até ao farol, e de volta à loja. Um sistema único de localização identifica a posição do ciclista e as respetivas camadas de música de cada ponto do seu percurso.
Este "passeio musical" tem uma duração máxima aproximada de 1h30 e o acesso é gratuito.
Informações:
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/ (+351) 226 156 500
Local: Loja / Início do Percurso
Rua Infante Dom Henrique nº63, Porto (Ribeira)
Datas e horários:
dia 25 de maio - Inauguração 13h-18h
de 26 de maio a 9 de junho
Seg-Sex, 10h00-22h00
Sáb, 08h00-00h00
Dom, 08h00-22h00
(últimas saídas em bicicleta 90 min. antes da hora de encerramento)
Opera fiXi:
Realizado com software baseado em localização desenvolvido por Dave Griffiths.
Bicicletas sónicas desenhadas por Kaffe Matthews e produzidas por timelab 2012.
Canções e música de Kaffe Matthews excepto as canções das ‘pescadoras’ que são adaptações de música tradicional portuguesa e escocesa.
Letras de Matthews, Carlos Costa e Ana Vitorino.
Vozes (por ordem):
Coro de raparigas 'pescadoras'/NEFUP – Núcleo de Etnografia e Folclore da Universidade do Porto): Cláudia Bastos, Helena Queirós, Márcia Santos, Paula Silva, Teresa Ruiz.
Coro da poluição/Instituto ORFF do Porto: Inês, João, Jorge, Luis, Manuel, Leonor, Vicente, Daniel.
Avatar: Ana Vitorino
Data Rapper: Nuno Moura
Coro de ‘pescadoras’/ Grupo Coral da Afurada: Rosa Maria, Maria José, Maria de Fátima, Fátima Ferreirinha, Sara Moreira, Emília Alda.
Capitão: Rui Rodrigues
Seis peixes machos: Carlos Costa, João Martins, Arsélio Martins, Pedro Carreira, Emanuel Costa, Vitorino Neves
Rapper: André Neves
Amantes: Fátima Almeida, Mário Moutinho
Poeta de rua: Adolfo Luxúria Canibal
Músicos:
Angelica Vázquez Salvi: harpa
João Martins: saxofones soprano e baixo, ‘laptop’ acústico
Kaffe Matthews: processamento electroacústico, contratear e gravações de campo.
Arranjos adicionais nos raps: Pedro Augusto
Tradutores: Ana Vitorino, Carlos Costa, João Martins
Agradecimentos: Gustavo e Patrícia: Sonoscopia, Mário Azevedo, Pedro Vieira, Ricardo Rodrigues, Ricardo Organista, Ana Coutinho, Henrique Fernandes, João Vitorino, Alzira Matos, Senhor Domingos
Produção: Fundação de Serralves
Em Dublin, o IETM – International Network for the Contemporary Performing Arts – reuniu, ironicamente, mesmo ao lado do Conselho de Ministros das Finanças da União Europeia.
Parece cada vez mais instalada, por toda a Europa, a sensação de morte de um estado social que, nas últimas décadas, vinha considerando a a criação artística (o seu acesso e diversidade) como um bem público. Por toda a Europa? Não. Porque em alguns locais, nomeadamente na Alemanha, assiste-se a um reforço do investimento na cultura e nas artes, como se vivêssemos em planetas diferentes apesar de vivermos tão perto uns dos outros.
Mas de um modo geral, os artistas performativos europeus estão empenhados num processo de transformação da sua atividade, em particular do modo como esta se inscreve no circuito económico e no modo como se desenha uma relação de confiança com os públicos, através de “práticas sociais” que alargam o território da criação artística.
Uma coisa é certa, não se baixa os braços e já todos pararam de sentir pena de si próprios para partir à procura de novos modos e relações de trabalho. E aqui destacam-se cada vez mais os modelos que permitam o acesso a financiamentos europeus, num momento em que o investimento nacional na cultura tende a descer (ainda que, naturalmente, em alguns locais este seja compensado pela responsabilização da administração ao nível regional – que em Portugal não existe – e local). Por um lado abre-se, sem dúvida, uma oportunidade acrescida para pensar no que nos une a todos, enquanto grande comunidade europeia; Mas por outro lado, e na busca da uniformização imposta pelos procedimentos europeus, abre-se uma porta perigosa ao desinvestimento nas especificidades nacionais e no acesso (de alguns) dos respetivos públicos à criação artística contemporânea.
O IETM volta a reunir em Outubro, em Atenas.
Este mês participamos no plenário de primavera do IETM — International Network for Contemporary Performing Arts que decorre de entre 11 e 14 de abril na capital irlandesa de Dublin.
O tema deste encontro é a "Confiança" - como podem os cidadãos europeus confiar naqueles que ocupam os cargos de autoridade? Como podem o artistas, curadores, produtores e trabalhadores culturais confiar uns nos outros e nas estruturas criadas para apoiar o seu trabalho? E como podem os públicos aprender a confiar nos seus criadores e a apoiar o desenvolvimento de novos tipos de trabalho?
Durante este plenário, acolhido e organizado pelo Project Arts Centre de Dublin, elegeram-se ainda os novos corpos sociais do IETM, com o nosso Carlos Costa a ser escolhido como membro do Comité de Aconselhamento.
O Visões Úteis comunica o cancelamento das apresentações do espetáculo NIÓBIO, programadas para 3, 4, 5 e 6 de abril, no Teatro Helena Sá e Costa no Porto.
Esta decisão tornou-se inevitável em virtude dos sucessivos e inacreditáveis atrasos que afetam o Concurso de Apoio às Artes promovido pelo Secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier.
Com a chegada do mês de abril, a situação tornou-se financeiramente insustentável, não estando reunidas as condições para que o serviço público previsto possa ser prestado. Recordamos que durante o primeiro trimestre, e perante os atrasos da Secretaria de Estado da Cultura, foram os agentes privados de todo o país a suportar integralmente os custos da atividade artística.
E neste momento os sinais de desorganização dos serviços tutelados pelo Secretário de Estado da Cultura são assustadores, com os resultados do concurso de teatro retidos por razões desconhecidas, e sem data concreta de anúncio previsível.
Deste modo nada mais nos resta do que cancelar a reposição do espetáculo “Nióbio”, agendada já para esta semana no Teatro Helena Sá e Costa no Porto.
Por esta situação, que neste momento nos ultrapassa, apresentamos as nossas desculpas ao público, aos convidados e professores e alunos universitários participantes nesta temporada. Acreditem que ninguém lamenta mais do que nós a teia de incompetência e irresponsabilidade em que os titulares de cargos públicos persistem em envolver os cidadãos, a cultura e a economia.