Em maio dedicamo-nos aos ensaios e preparativos finais da nossa próxima criação original: “Scroll” cruza artes performativas e novas tecnologias, e questiona o próprio conceito e os limites do teatro (e o que significa ser espectador) num tempo marcado pela constante pluralidade de narrativas, pela constante dispersão da atenção e pelos enigmáticos desígnios dos algoritmos.
Esta “peça para smartphones” tem uma narrativa ficcional, atores de carne e osso e as ruas do Porto como cenário, mas é usufruída no ecrã de telemóvel, através de uma aplicação desenvolvida originalmente para o projeto e que poderá ser descarregada gratuitamente.
Através da aplicação, o espectador poderá seguir ao longo de 15 dias as personagens desta criação — trabalhadores/parceiros de uma gigantesca multinacional ligada à distribuição de bens e serviços e que radicalizou algumas das práticas já existentes nos nossos dias. Insistindo numa política de total transparência dos seus colaboradores, a empresa partilha através da sua app não só a transmissão vídeo das entregas diárias, como um conjunto de conteúdos da esfera privada dos trabalhadores/parceiros (redes sociais, skypes com a família, conteúdos acedidos na internet, etc).
“Scroll” terá início a 3 de junho; a aplicação será disponibilizada até ao final de maio — pode subscrever aqui uma newsletter do projeto para obter informação atualizada e o link para descarregar a aplicação.