A adaptação da nossa peça "Nióbio" (de Ana Vitorino e Carlos Costa) pelo Ultimacto Grupo de Teatro (Cem Soldos / Tomar) continua na estrada!
Depois de, em fevereiro, se ter apresentado na Pampilhosa da Serra e em Fráguas / Rio Maior, este mês "Nióbio" passa também por S. Silvestre / Tomar (dia 7 de março) e Miranda do Corvo (dia 15 de março).
Este fim-de-semana estão em cena em Portugal e no Brasil duas versões do nosso espetáculo "Nióbio" de 2012, com texto de Ana Vitorino e Carlos Costa.
- no Brasil, no Festival de Teatro de Juiz de Fora em Minas Gerais no dia 24, numa adaptação que foi resultado final de um curso promovido pela produtora Olhar Cênico no Rio de Janeiro e dirigido por Gabo M. Barros
- em Portugal, a adaptação que o grupo ultimActo (Cem Soldos) estreou este ano e que tem estado em digressão pelo país apresenta-se no Festival de Teatro de Esmoriz no dia 23 e no Festival de Teatro da URATE em Cesar (Oliveira de Azeméis) no dia 24.
Estão disponíveis no site do Centro de Dramaturgia Contemporânea da Universidade de Coimbra os textos originais das nossas criações "Nióbio" e "Monstros de Vidro".
Já anteriormente disponibilizados na Galeria do nosso site, e publicados conjuntamente na edição de autor "Caderno IV", estes originais juntam-se agora à (já longa) coleção de textos para teatro de autores portugueses disponibilizada gratuitamente pelo Centro de Dramaturgia Contemporânea.
Boas leituras!
... e desta vez não vêm sozinhos!
A mais recente criação original do Visões Úteis - "Nióbio" - está de regresso ao Porto.
Logo no início de abril o espetáculo faz uma reposição de 4 dias - a 3, 4, 5 e 6 (de Quarta a Sábado) - no Teatro Helena Sá e Costa, sempre às 21h30. E desta vez conta com alguns convidados especiais...
"Nióbio" estreou em Junho de 2012 no Centro Cultural Vila Flor em Guimarães, numa co-produção com a Capital Europeia da Cultura, e fez depois apresentações em Coimbra, Porto e Aveiro.
Nesta farsa delirante, um bizarro grupo de indivíduos decide separar-se de Portugal e criar a sua própria nação a partir do espaço decadente que habita. A nova micro-nação, "Nióbio", tem de ser legitimada enquanto país independente, pelo que rapidamente se cria (inventa) tudo o que faz de um país um verdadeiro país: uma bandeira, um hino, um símbolo, uma língua, uma História, um desporto nacional... Mas, apesar de renegarem a sua cidadania original com violência, os "niobianos" são, antes de mais, portugueses da cabeça aos pés. E por isso a nova nação é construída em cima dos mesmo vícios e com recurso às mesmas soluções rápidas que ditaram o declínio de Portugal. "Nióbio", como Portugal, parece fadado a afundar-se... A única solução será firmar uma aliança estratégica que garanta a sustentabilidade a longo prazo, mas a troco do sacrifício da própria identidade nacional.
E, neste momento cheio de incerteza e contestação, em que os portugueses saem às ruas para reclamar um país novo, um país diferente, decidimos aproveitar a reposição de "Nióbio" para levar um pouco mais longe a reflexão que este espetáculo propõe em torno da identidade e da sustentabilidade nacionais. Assim, o Visões Úteis convidou algumas figuras públicas e professores e alunos universitários do Porto a assistir e comentar este "Nióbio", no final das primeiras três noites da temporada. Uma conversa informal que cruzará perspetivas de diferentes áreas da sociedade e do conhecimento; uma reflexão conjunta em torno da pergunta que anda na cabeça de toda a gente: É possível construir um novo Portugal?
3 de abril (4ªf)
Convidado: Pedro Abrunhosa (Músico)
e a presença de alunos do Instituto Português de Administração de Marketing do Porto, no âmbito da Licenciatura de Gestão de Marketing
4 de abril (5ªf)
Convidado: Paulo de Morais (Associação Transparência e Integridade)
e a presença de alunos da Faculdade de Direito da Universidade do Porto, no âmbito da disciplina de Direito Internacional Público
5 de abril (6ªf)
Convidado: Fernando Rosas (Historiador)
e a presença de alunos de Economia e Gestão da Universidade Católica do Porto, no âmbito da área de Projeto Multidisciplinar I
Espetáculo para maiores de 16 anos
Duração aproximada: 90 minutos
Bilhetes: 3,50€ a 10€
Mais informações (Visões Úteis): 22 200 61 44 /
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Reservas (THSC): 22 519 37 60 / 96 163 13 82
O Visões Úteis conta já com mais de uma dezena de títulos publicados, entre edições de autor e parcerias com outras editoras, desde textos originais a adaptações, traduções e trabalhos de cariz mais documental ou ensaístico.
A partir de 2006, este esforço de constante documentação e partilha da nossa (intrinsecamente) efémera atividade passou a concretizar-se mais pela edição em suporte dvd e, nos últimos anos, pelo desenvolvimento da nossa Galeria virtual onde podem ser encontrados, consultados e/ou descarregados materiais de escrita, vídeo, áudio, fotografia, ilustração - fontes de inspiração ou resultados finais dos nossos processos de criação dramatúrgica.
Este ano, no entanto,voltamos à edição em papel para dar continuidade à coleção "Cadernos Visões Úteis" com um quarto volume que engloba os textos das nossas duas mais recentes criações: "Monstros de Vidro" e "Nióbio".Os niobianos estão de volta e preparam-se para tomar de assalto a cidade de Vila Real! Depois de Guimarães, Porto, Aveiro e Coimbra, a nossa mais recente criação "Nióbio" chega no próximo dia 14 de Dezembro (6ªf) ao Teatro de Vila Real. O espetáculo é às 22h no Pequeno Auditório.
Mas ainda antes, e na sequência da publicação do texto integral de "Nióbio" no nosso "Caderno IV", no dia 11 de dezembro (3ªf) às 21h participamos nas Leituras no Mosteiro promovidas pelo Teatro Nacional São João.Guião da peça homónima de 2012. Mais do que um espetáculo, é uma verdadeira nação!
Este guião foi editado como parte do nosso livro "Caderno IV", que pode ser adquirido através da livraria online da EUEDITO.
"Nióbio" de Ana Vitorino e Carlos Costa está publicado ao abrigo duma licença Creative Commons Attribution-NonCommercial-ShareAlike 3.0 Portugal License. Descarregue, partilhe, utilize e transforme. Mas exclusivamente para fins não comerciais e creditando sempre as autorias originais. E volte a partilhar eventuais obras derivadas deste mesmo modo.Numa espécie de enclave territorial, um estranho grupo de personagens decide separar-se do seu país natal e proclamar a independência de um novo Estado. A nova micro-nação, Nióbio, é constituída por três habitantes, uma banda e uma lagosta. E a banda nem sequer está completa…
Para que uma nação seja uma nação a sério tem de ter História, leis e linguagem próprias, e se nada disso existir pode criar-se rapidamente. O novo povo de Nióbio vai implementar todos os procedimentos necessários à validação do recém-país, desde a escolha dos símbolos nacionais, à relação diplomática com as organizações internacionais, passando pelas estratégias de sustentabilidade a longo prazo. Mas, apesar de todo o empenho dos seus fundadores (e únicos cidadãos), a nação de Nióbio não parece ter grandes hipóteses de futuro. Talvez porque não consegue deixar de replicar os erros que ditaram a degeneração da nação mãe.
A única salvação pode ser firmar uma aliança estratégica, formalizada através de um casamento de conveniência. Uma ótima oportunidade para exibir toda a glória niobiana, através da organização de um grande evento social e cultural. E, claro, tem de haver banquete. Nem que seja à custa do sacrifício da lagosta, único animal do país e símbolo nacional.
“Soluções radicais, patrimoniais, políticas. Qual crise, qual quê! Os niobianos sabem como resolver, sem sacrifícios escusados nem aborrecidas negociações com a troyka. Como uma nova ilha da utopia. Tem o nosso país políticos corruptos e promiscuidades várias? A dívida portuguesa parece uma rosca-sem-fim e os nossos políticos promovem uma cultura da pobreza, seriamente aborrecida, com cortes de toda a ordem? Os niobianos encontram soluções criativas.
Basta-nos ser espectadores atentos e seguir os seus destinos com a dedicação de quem segue uma novela televisiva ou vê uma peça vicentina cheia de risos e de castigados lusos costumes.”
José Alberto Ferreira
"Quem é que vocês acham que nos vai tentar invadir primeiro?"
foto de Paulo Pimenta
Um estranho grupo de personagens separa-se do seu país e proclama a independência de uma nova nação: Nióbio! Mas o povo (três pessoas, uma banda e uma lagosta) acaba por replicar os erros que arruinaram a nação mãe. O futuro é sombrio…
A orgulhosa nova nação de "NIÓBIO" vai declarar a sua independência do opressor Portugal já no próximo dia 7 de Junho em Guimarães!
"NIÓBIO", a 41ª criação Visões Úteis, é uma co-produção com Guimarães 2012 - Capital Europeia da Cultura, e integra a programação dos Festivais Gil Vicente, que este ano acolhem ainda em estreia absoluta as criações dos portugueses João Garcia Miguel, António Fonseca e KARNART.
E é na cidade-berço, e no contexto da celebração da obra vicentina, que abrimos as portas à nossa farsa niobiana, onde traçamos o destino de um jovem país cheio de vícios e erros, importados diretamente da pátria mãe. Uma reflexão plena de humor e mau gosto, sobre a nossa própria necessidade de refundação nacional.
Depois de Guimarães, "NIÓBIO" apresenta-se ainda este mês em Coimbra, Porto e Aveiro.
GUIMARÃES - Centro Cultural Vila Flor
Data: 7 e 8 de Junho
COIMBRA - Teatro Académico Gil Vicente
Data: 14 de Junho
PORTO - Teatro do Campo Alegre
Data: 16 de Junho
AVEIRO - Estúdio Performas
Data: 30 de Junho
NIÓBIO
41.ª criação Visões Úteis
texto e direção
Ana Vitorino, Carlos Costa
cenografia e figurinos
Inês de Carvalho
banda sonora original e sonoplastia
João Martins
desenho de luz
José Carlos Coelho
co-criação
Ana Azevedo
interpretação
Ana Azevedo, Ana Vitorino, Carlos Costa, Pedro Carreira e ainda João Martins
fotografia
Paulo Pimenta
grafismo
Manufactura Independente
coordenação técnica
Luís Ribeiro
produção executiva
Marina Freitas
assistência de produção
Helena Madeira
co-produção
Visões Úteis / Guimarães 2012 – Capital Europeia da Cultura
duração aproximada
80 minutos
classificação etária
M/16 anos
Agradecimentos: Nuno Casimiro, Marta Chantal, José Alberto Ferreira, Pedro Marques, Shirley Resende, Garagem da Lapa, Pizzeria Meidin, Hernâni, Roy Bates, Danny Wallace e a todos os que sonharam e criaram as suas próprias micro-nações.